Sunday 21 August 2011

Poema de três pontas.

Aos queridos Victor, Thiago e Bill.

Torno os olhos para o copo de cerveja
Honorável, à mesa dos moços que
Inocentes e meio (muito) bêbados
Argumentam sobre a alma e, na bandeja,
Godard, que não é queijo, é cineasta
Ouve atento a discussão entusiasta.

Volta e meia, vinha o garçom
Irrigar mais um tanto a conversa
Com uma versão barata de Bourbon
Talvez causa da futura ressaca
Ou da prosa que saía mais diversa
Reviravoltando os bolsos da casaca.

Badalava o fim da noite no relógio
E entrou a moça de porcelana
Aquela que é mais durona que
Tony Montana – só que sem a cicatriz
Riu dos dois ébrios, mas notou, infeliz:
Iria ter que carregá-los
Zonzos, até em casa.

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