Saturday 24 March 2012

Bilhete sem número

Eu não lembro direito
se é mesmo na 411
que você mora, menino
dono
do
nino

mas só queria dizer
que passei por lá
lembrei de ti
e te mandei
um sorriso
por baixo da porta

ainda ando meio torta
com uma saudade
pesando de cada lado
e o meu poema
não era pra ser rimado
mas acabou ficando assim
pra te dizer um pouquinho
de mim
nesse nosso tempo
(des)encontrado

o jazz mandou avisou
que é bom viver de arte
e deixar tudo à parte
como tua estrofe diz

até pus os pingos nos is
mas deixei pra ti uns pontos
pra você bordar com tinta
enquanto teu chá fica pronto

me desculpe o fim de rima
[acho que deu preguiça]
e deixa eu fazer o arremate:
ando mesmo com saudades
e espero que você
ainda ande
de sapatos vermelhos.

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