Sou do tipo que sente. Sente muito - talvez em todos os
sentidos da expressão.
É pra ser uma biografia, certo? Tá, eu nasci (em São Luís) longe
daqui de onde moro e talvez por isso eu não goste muito de Brasília (imagina só
como é ter o mar diante dos olhos quando a gente nasce e tirarem ele de você
pra você ter que carregar esse cerrado nas retinas? - fechadas ou abertas).
Enfim, vim pra cá não muito pequena, mas ainda era criança e sempre fui meio
tímida, então foi complicado pra mim. Estudei boa parte da vida em escola
Católica, já briguei com meu professor de filosofia. Também estudei numa escola
evangélica e foi um saco.
Não tenho paciência pra religião nem pra política e odeio a
reforma ortográfica.
Quero ir embora de Brasília o quanto antes e futuro é uma
coisa que me apavora.
Tenho medo de aranhas. Mas assim, medo mesmo.
Gosto de colocar post-it nas coisas dos meus amigos, gosto
de repetir falas de filmes, tenho uma puta dificuldade em decorar nomes de
personagens de primeira e queria escrever que nem o Júlio Cortázar. O Batman é
uma das únicas coisas que eu elegi como favorita, porque eu odeio escolher
coisas favoritas, mas não tem como quando se trata de super-heróis.
Sou frustrada porque eu sempre quis fazer artes marciais,
mas na época que ia entrar, torceram meu pé e eu além de não poder entrar no
kung fu, tive que parar de dançar - que era algo que eu fazia já há oito anos.
E também porque eu sempre quis ser o Shiryu nas brincadeiras de Cavaleiros do
Zodíaco, mas não deixavam porque ele era homem, e aí eu tinha que ser o Shun
(porque apesar de ser homem ele tinha armadura rosa).
Observo a vida às vezes dividida e esparramada em ângulos desconhecidos
até por mim e não consigo entender muito bem o protocolo social.
Acho que tenho 20 anos e acho que tenho 1,72 de altura (não gosto de ser alta). Não
ponho pilha nos relógios que tem no meu quarto, mas acho-os lindos (um deles é
de Watchmen e o outro feito com disco de vinil). Faço aniversário dia 23 de
outubro e tenho um Frankenstein de pelúcia.
Creio que não falei nada relevante.
Ah, minha primeira palavra foi "árvore". E se eu
tivesse um superpoder, seria telecinese.
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