Pegou a latinha de cerveja
e bebeu toda
a grandes goles
escorridos
pelos cantos
da boca
[que a rua bebeu junto]
segurou a namorada
feito garrafa
pela cintura
e beijou com a mesma boca
escorrida
de cevada
e saliva
a latinha, parou no chão
esquecida
findou-se ali, pisada
sem atrativo ou bebida
pra sustentar-lhe
o ego de alumínio
ignorada, chorosa
foi catada
pela moça esquecida
do ego
de saco plástico
e latinhas
dobrou-se no meio
eufórica
alguém esquecido
dera valor
ao lixo
que ninguém lembrava
(descartável?)
depois da festa.
Sunday, 4 March 2012
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Excelente!!!
ReplyDeleteO poema, o blog. Fazia meses que não encontrava nada na blogosfera que me empolgasse tanto(sobretudo se tratando de poesia).
Sem dúvida vou voltar.