Pincela a figura amorfa
que se constrói na tela
e que aos poucos se torna
Da alma, a janela.
Dos dedos sujos de tinta
transborda a música ensaiada
pelo improviso das quintas
à tarde (de madrugada)
E paletas de tons tortos
se desfaziam em melodias
coloridas de navios
que atracavam nos portos
Em perfeita eufonia
- de luzes e de pavios
[que apesar de tudo
não explodiam
com fogo]
E eu sentada com receio
[lá no canto
de te acordar do devaneio
[ou do encanto
(mas eu quem estava dormindo, não?)
acabei te escrevendo um poema
versado em folha de alfazema
[cor de tinta de caneta.
Tuesday, 18 October 2011
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